Preciso me aprofundar... Guerra, assassinato, ONU e Kofi Annan


Preciso me aprofundar em algumas questões da humanidade,  então se faz necessário mergulhar na fonte da ação complexa, o homem. Há pouco, enquanto arrumava a cozinha, bem entre sabão, panela, garfo, colher e gordura, veio-me uma sentença que anda deveras perseguido a mente desse pobre ignorante mortal: O que leva uma pessoa a praticar uma ação útil e boa, enquanto outra faz o contrario? De primeira mão posso dizer que é a natureza humana, somos semelhantes e não iguais. O que possibilita o comportamento saudável, ou doentio frente aos desafios da vida?  A boa educação escolar, o meio que se vive, aquilo que vem do berço, etc. O meio faz o homem? Sim, e não. No entanto quando pego o exemplo de Cain e Abel...Veja que ambos foram criados sobre a mesma condição familiar, tempo e espaço; mas um se tornou assassino do outro. Com certeza tem muita atitude que não tem explicação, vai muito além da razão.  São tais conflitos na relação humana que  chamam a atenção para a necessidade da reflexão apurada, a fim de buscar compreender melhor a causa de  alguns mistérios. A consciência de uma pessoa boa ao meu ver é completa, possui clareza sobre os fatos, e por isso atua de forma lúcida sobre os conflitos internos e externos que a aflige, porque a pessoa  tem eixo; é justamente o que falta para aquele individuo que pratica uma ação danosa, trágica. Neste segundo caso algo falha na consciência que proporciona  a atuação adequada sobre uma situação tensa. Como buscar a melhor saída para nossos conflitos interno e externo? Geralmente a pessoa opta em deletar o obstáculo em vez de refletir, assimilar, conversar, ou mesmo tolerar as diferenças. A diplomacia ainda é a melhor solução, e muitas vezes falha. Kofi Annan acaba de deixar a posição de mediador na guerra da Síria, a busca da paz pela ONU sofreu uma grande derrota com isso. Não temos uma explicação racional, ou cientifica, para tal atitude que leva a guerra, temos sim um emaranhado de explicações, conceitos, alusões místicas, religiosas e metafísicas. Sempre que não conseguimos uma solução plausível para determinado fato conflituoso de difícil solução buscamos o refugo do imaginário, aqui entra a questão da fé, outra via complexa e polemica, que também no caso da guerra, falha. Parece-me que temos que arranjar uma resposta para tudo, nossa mente recusa o inexplicável, São Tomé que o diga. Não são poucos os exemplos de exaustão na procura de soluções para os eternos problemas de relacionamento entre os homens. Só acontece a guerra porque as partes opostas acham que tem razão; e a guerra é justamente a falta de lucidez. As dez mil coisas dos sistemas filosóficos, da física, sociologia, etc; acabam  seguindo o fluxo das abstrações quânticas, metafisicas, e metáforas da vida. Certos problemas parecem infinitamente insolúveis, hiper complexos, de difícil solução; complicado isso. Resta implorar a mãe natureza para gerar filhos de sã consciência, afinal, o amontoado de sistemas elaborados pelo homem não dá conta de sanar tal "defeito" no DNA, ou na alma? Como se bastasse apelar para se achar um culpado.  A impossibilidade da comunicação entre os homens, Torre de Babel, muitas vezes tem causado dor. Alguns meios empregados para conseguir a tão sonhada paz sustentável entre os simples mortais, há muito tem falhando. Nunca a sociedade dá conta de resolver a demanda das causas que geram os Cains da vida. Não me fale de pessimismo, nem de ismos; apenas contemplo um fato real de certa tragédia cotidiana, e de conhecimento de todos. Daí o sujeito se sente impotente, indefeso frente ao emaranhado sistema perverso da sobrevivência.  Por outro lado posso dizer que o ego não suporta tal fatalidade goela abaixo; é uma luta desesperada entre id e superego. A tentativa de fazer um meio de campo entre razão e instinto, acaba por gerar uma auto-afirmação desajeitada e sem base existencial; é puro artificio. Esta aí o individuo contemporâneo mais que dilacerado, fragmentado frente a natureza das coisas. Não é de hoje que a crucificação em forma de Via Crucis arrasta o ser espaço adentro, e tempo afora, onde os olhos já secos de lagrimas, assiste muitas vezes distanciado, a dor infinita da coroa de espinhos do homem das incertezas. Resta entender o motivo que leva uma pessoa a vivenciar tantas tragédias sem enlouquecer, matar, ou suicidar-se, e outro não.   Quem sabe um dia ainda podemos encontrar a solução da paz sustentável. No entanto, a vida no todo é uma boa obra.

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