Escravidão Contemporânea

A Escravidão contemporânea esta atualizada com a emigração ilegal. É melhor deixar o pessoal fora da lei, assim eles não têm direitos.  Todos ganham com o trabalho deles, claro, menos o escravo imigrante.  São carregamentos e mais carregamentos destes infelizes clandestinos que chegam à Comunidade Européia, EUA, Brasil, etc; sim, como no tempo dos navios negreiros. O que não morre pelo caminho, afinal, a viagem já é um teste de resistência, fica a mercê dos exploradores. Não precisa nem olhar os dentes do sujeito, para saber se esta ou não bem de saúde, porque quem chega ao destino já passou por todo tipo de teste de sobrevivência. A maioria vão para a cadeia da exploração, outros deportados, o que consegue um emprego fica a mercê dos patrões, senhores dos escravos contemporâneos; aí são submetidos a toda prova de humilhação e maus tratos. Até que um ou outro consegue a carta de alforria, ou visto de permanência, carteira assinada, mas a grande maioria se estrepam mesmo, ficam sem o coro da pele e muitos até perdem a vida.  É de dar dó, rezo para que estas pessoas que na sua maioria são gente boa, porém, inocentes, criem consciência de que o melhor lugar para resolver os problemas existênciais e financeiros, é dentro da sua própria cultura, salvo em casos excepcionais.  É preciso gostar de si mesmo, e não se submeter a tanta tortura e sofrimento. Aqui penso em Jesus, que na sua pregação fala sobre viver de forma simples, isso cai como uma luva para nossa época apegada aos eletrodomésticos, e a todo tipo de parafernália consumista; na grande maioria produtos desnecessários. Uma coisa sei, prefiro morrer a deixar minhas raízes, onde nasci, pelo menos aqui, próximo dos entes queridos e amigos, sei que tenho uma vida boa, um enterro digno, alguém vai lembrar de mim, sabem o que fui e quem foram os meus antepassados. Quando ando na cidade onde nasci, lugar também onde minha família vive, onde os meus avós e bisavós viveram com dignidade, as pessoas sabem quem sou, e de onde eu venho; não me olham como um número, ou uma coisa qualquer. Aqui na minha terra natal tenho um nome e sou alguém, lá fora, nada disso tem valor. É ótimo ser cumprimentado pelo nome ou apelido. Quando alguém me vê na rua, estão olhando para o fruto de várias gerações, isso é viver com dignidade, aqui sim, tenho orgulho de ser quem sou e de onde venho, também sei para onde desejo ir. Não troco isso por nada. Caso perco as minhas raízes, viro fantasma, ou um ser vazio errante qualquer, ou mesmo, na melhor das hipóteses, viro um escravo contemporâneo. Ninguém merece.

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