O sistema prisional brasileiro é pior que Auschwitz-Birkenau



São aproximadamente 500 mil presos vivendo em situação degradante, ou seja, o sistema carcerário do Brasil esta em colapso. Não é de hoje que as entidades ligadas aos direitos humanos, mídia, e igrejas vêm implorando uma reforma ampla e profunda no atual modelo prisional; no entanto não há vontade política para resolver tal situação desumana. Na verdade faltam inteligência, sensibilidade e ordem na coordenação. O preso é jogado na cela, assim como o escravo era amontoado no porão do navio, deixado à deriva, sob a tutela da violência. Projeto pra por um ponto final nesta angustiante realidade existem aos montes, mas aguardam na gaveta burocrática do Congresso Nacional; que vota apenas o projeto de interesse do lobista de plantão. Qualquer pessoa que comete um crime necessita de ajuda, porque sofreu violência além dos limites da razão, e por isso reage assim. A maior parte da população carcerária pode e deve ser reinserida na sociedade; o ser humano tem uma capacidade incrível de recuperação. Lembro-me agora de Jean Valjean personagem de “Os Miseráveis”, livro de Victor Hugo. Não deveria existir prisão, e sim, Centros de Apoio, quem comete crime esta doente, precisa recuperar os sentidos; por isso necessita de cuidado especial, como: ajuda psicológica; sala de aula com cursos técnicos; trabalho digno enquanto se recupera; apoio a família; ambiente saudável; boa alimentação, cultura e entretenimento; além de acompanhamento e apoio após voltar ao convívio social. Mas infelizmente a autoridade de hoje não vê além do próprio umbigo, e quando age, pratica a lei do olho por olho e dente por dente.

“...Com cerca de 500 mil presos, o Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo e um sistema prisional superlotado. O deficit de vagas (quase 200 mil) é um dos principais focos das críticas da ONU sobre desrespeito a direitos humanos no país. Segundo a organização não-governamental Centro Internacional para Estudos Prisionais (ICPS, na sigla em inglês), o Brasil só fica atrás em número de presos para os Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhão) e Rússia (740 mil). De acordo com os dados mais recentes do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), de 2010, o Brasil tem um número de presos 66% superior à sua capacidade de abrigá-los (deficit de 198 mil).”  Fonte: BBC Brasil - Luis Kawaguti

“... Ao pesquisar sobre o perfil do presidiário em estudo produzido pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, que cruza os números do censo do IBGE, dados revelaram que 97,7% dos presos nas penitenciárias e presídios de São Paulo são homens. Destes, 54,5% tem entre 20 e 29 anos; 80,6% estão solteiros; 78% não têm o ensino fundamental completo, 8,2% estão analfabetos. Outro dado importante é que 35,8% dos presos são negros e pardos, contra 26,3% desta população como um todo. Também é relevante o número de presos que tiveram passagem pelo sistema FEBEM (atualmente Fundação Casa). Ou seja, os nossos presos são em sua maioria uma população jovem e filha da classe trabalhadora envolvida na criminalidade e alijada de sua capacidade de produzir socialmente, a partir do cerceamento de sua liberdade desde muito cedo, resultante de suas histórias de vida associadas à pobreza e à falta de oportunidades... Fonte: Inverta

“Segundo o Ministério da Justiça, o país tem 1.771 estabelecimentos no sistema penitenciário, sendo que 1.172 estão sob coordenação das secretarias de Justiça dos estados. O restante está sob coordenação das secretarias de Segurança Pública.” Fonte: g1  

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