Ansiedade e estresse são doenças ignoradas por quase todos.

    Vivemos em plena era do desconforto corporal e desassossego social devido ao nosso fracasso em conter o ímpeto do consumo desvairado. Tudo neste mundo humano tem limites. Quando assisto aquela clássica imagem da galera entrando no shopping na sexta Black Friday assusto e imagino o dia a dia naquele estado ansioso de consumidor. O grande mau do século XXI é a tal ansiedade, terrível doença estressante que acaba por consumir o planeta e tudo que esta dentro de nós. Na rua de cada 10 pessoas 7 estão literalmente esgotadas física e mentalmente, quando sair na rua observa as pessoas, a fisionomia individual e coletiva as vezes assusta. Qualquer conflito na rua é motivo de nome feio pra lá e pescotapa pra cá, claro, a violência é produto do ir além da capacidade humana. Quando eu estresso com alguém já sei o motivo, estou pregado na cruz, cansado de lavoro; dor física e mental é o bicho e ninguém suporta, aí já viu é confusão dentro e fora do sujeito. Puxa! Tem a oração, meditação, mantras, dança, canto, artes, culturas, conhecimento e sagrado nisso temos ótima ajuda, mas o homem também esgota tais atividades, vai além, aí vem os suplementos, chás, ervas, àlcool, tabaco e drogaria em geral para tratamentos diversos do mal causado pela ansiedade que leva ao estresse. E neste caso tratar as consequências do problema não basta, é a causa ou o que causa a ansiedade que deve ter cuidado especial, como faço isso? Tudo começa com o desapego, quanto mais fissurado por pessoas, bens, objetos, eletrodomésticos, carros, etc; o cara vai pastar no pasto do mundo da ansiedade com frustração. E a galera que ganha salario minimo pra viver, morar, comer e criar filhos? Imagina o tamanho do conflito das pessoas envolvidas com o malabarismo mágico de ter que sobreviver com o absurdo do salário mínimo brasileiro? Aí meu chapa não tem corpo que suporta tamanha carência do necessário. Se o sistema cobra de gente já carente a situação vai pro brejo. Ainda tem as metas que colocamos pra nós afim de suprir nossas carências diária, muitas vezes são objetivos além da força disponível no corpo. Conhecer o corpo e seus limites ajuda, mas mesmo assim depende de muitos fatores para se ter uma vida equilibrada. As vezes você esta bem fez um esforço e consegue um equilíbrio precário, mas e o mundo, o social... Convivências? Tudo esta fora do eixo, o sistema que criamos produz uma massa de humanos destemperados, ávidos pra consumir como se isso fosse tirar o tamanho do sufoco, da ansiedade dentro e fora do sujeito. Medo de tudo. Esta tensão provocada pela ansiedade que vira estresse acaba implodindo o cara por dentro, quando não explode fora com carro bomba e violências de todo tipo, com consequências já bem conhecidas. Daí escolho: morro como Cristo, ou o Príncipe Constante na montagem de Grotowski aqueles que suportam e sucumbem pacificamente diante da ignorância humana, o sacrifício do caminho da não violência; morte sem atirar, matar e explodir, o contrário que fazem os Barrabás da vida cotidiana. Preciso curar a causa da ansiedade, e começo pelo pensamento sobre o desapego, necessito desconstruir o homem apegado e redesenha-lo quantas vezes for necessário na base estrutural do modelo do homem desapegado com constância maior no eixo confortável. Medir a água com o fubá pra vida não virar um caroço de angu.

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