Eu e Deus

... Ou Deus e eu? Não importa a ordem das palavras e orações, o entendimento do protagonista está na integralidade, nos 360° de consciência expressiva interna e externa. Eu sou...Ou sou o que sou? A ordem dos tratores não alteram o viaduto. Mais cedo ou tarde juntamos em um único corpo carnaval a unidade de pensar e agir, nossa natureza sabe que o aqui-já, o presente momento reúne a vida plena. O aqui-agora concentra nossa maior força corpo/mente, carne/alma, sentimento/pensamento, e ação/expressão. E a arte de boa educação, ou arte bem feita te leva a esse ponto importante da vida integral, do ser protagonista livre e compromissado com o respeito a vida. Criação e cópia são uma coisa só no método de interpretação "Natural", onde a arte copia a vida, o cotidiano humano, para transformar a própria vida, assim o artificial se torna real. Nessa via de mão dupla entre vida e arte, o protagonista se torna o agente das transformações do modelo humano. E o ator do método "Natural" sabe que o teatro leva a cura e  o domínio da vida, mesmo porque faz parte desta consciência a realidade do existir no equilíbrio sensível, ou precário. O artificial da arte é o fermento da própria vida, a vida que vive da morte. O método e a técnica artística são a morte da vida, e ao mesmo tempo é combustível para as dez mil coisas da representação do que é vivo, como se a morte fecundasse a vida através de dos símbolos. A vida necessita da arte porque o existir completo não vive sem se ver, assim como sou completo quando razão e emoção, pensamento e ação se tornam um, integral. Do mesmo modo sou humano e Deus habitando o mesmo corpo no agora-já. (República do ator -  capítulo V, 2022).

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