A estrada tem inicio, meio e afins...
Fim dos confins da estrada é o inicio de outra jornada jogada. Tudo tem o seu próprio tempo, para uns a vida encurta os dias, outros a natureza prolonga a jornada. Daqui do sofá, vejo, sinto, pinto, e ouço a sinfonia da dança cotidiana, tudo é bem familiar, ecos, suecos, marrecos, petelecos, salame, pipoca, beterraba... Lembra o infinito que tem fim, uma espécie de onda atemporal ligado no automático da percepção corriqueira de uma onda que vai pra outra, sem saída do tempo sem fim dos afins. Fluxo, sexo, refluxo e vômitos. Dentro desse espaço tempo, vidas, que a vida vai bordando de retalhos, tripas e lombrigas. Pra que tudo isso? Não sei. Mas estou aí, ora como ator, ora espectador, ora orando com o Senhor; até de atrevido mesmo me arrisco na co-autoria do jardim do édem. Bola pra frente, bola a trás, pro alto, diagonais, lado e laterais; invento, reinvento, crio e ignoro, vazios... Com pênalti, penálti, penalty, ou sem penalidade gramatical, tem gol, perdas, ganhos e empate. Aqui tudo tem emoção garantida. Vai de feliz no colo do choro, da cachorra, chão, e neutro, mas vai. No fundo mesmo, de verdade/verdadeira de uma confissão honesta e barata, muito pouco posso e sei; perdi, afastei, reconquistei, pasmem! Chorei e ri. Diante dessa tamanha tamanduá gigantesca enorme sombra assombrada sombração complexa, ganhei a sorte, sortudo! Mundo, vasto mundo de infinitos fins, afins, serafins, e de finalidade sem fim... A hora vem, a hora chega e vai, o dia tem e não tem a passagem comprada, viagem garantida, diversão e sufoco na estrada; até grito de socorro no sonho, e na real também tem. Entre uma pausa e outra me alimento da comida daquilo que me mantém vivo, vivíssimo da vida, e silvas. Sonho acordado, sonho dormido, sonho do desassossego, prazeres, gozos que também sacia a alma do homem esquecido na plenitude feliz do sem fim da sucessiva infinita carne da vida e morte que não tem... Fim.
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