Ensaio sobre a compaixão.


A compaixão existe mesmo ou é apenas mais um desses sentimentos da esfera do ideal?  O significado dessa palavra é interessante quando não vejo o outro como inferior. E o seu entendimento necessita de uma razão iluminada pela fé gratuita. Relacionar com Deus e o homem de maneira honesta. O homem quando se propõe a compreender de verdade a complexidade da vida depara com um sentimento que chamo de compaixão de si mesmo, e do outro, tem aí um gotejo de angustia. A natureza é maior que a humanidade. O homem é apenas uma parte importante desse sistema infinito e indizível que nos envolve. Quanto pesquiso para tentar descobrir ou explicar alguns mistérios, caminho para um silencio contemplativo.  Essa infinidade de sentimentos que vivenciamos diariamente, nada mais é que o fruto de combinações de algumas sensações, estados, sentimentos, como: alegria, tristeza, alivio, insegurança, dor, tensão, determinação, medo, relaxamento, ódio, desprezo, paz, desejo, vazio, paixão, angustia, neutro, masculino, feminino, etc. Há uma avalanche de comportamentos gerados pelo fluxo de sentimentos que aparece de forma voluntaria e involuntária. Assim como acontece na natureza, algumas situações são controláveis, outras não.  A compaixão nasce dessa falta de domínio pleno sobre a vida. Agora posso estar bem de saúde, um segundo depois posso estar doente. No mesmo instante que estou em equilíbrio posso cair no caos.  Nunca sabemos com precisão, o que vai acontecer, ou o que podemos fazer com as nossas vidas. As conseqüências dos nossos atos estão sempre em aberto. Posso ter uma boa intenção quando realizo uma ação, mas esta mesma atitude pode gerar algo indesejável, até mesmo trágico. Aqui esta apenas uma pequena reflexão do porque sinto compaixão pelo homem, pela humanidade.

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