Acabou a guerra é hora de reconstruir o homem...
Que guerra? São tantas que temos na vida, a começar pelo problema básico de sobrevivência que depois de resolvido aparecem novos conflitos e não para. O grau para atingir o estado de guerra depende de como vai a situação interior da pessoa e do coletivo. O que me interessa agora é saber do pós guerra no pessoal e coletivo, aqui tem aquele estado do sujeito que sai de uma dimensão radical para outra radical passando por um período de adaptação entre uma guerra e outra, de reorganização mental psicológica. Quando acabou a terceira guerra mundial houve um momento de acreditar, a ficha demora pra cair, daí então após confirmação do fim explode uma alegria interior manifestada no exterior como se fosse o carnaval, a ressurreição da vida porque a guerra é a morte que se vive acordado. O período de ansiedade pelo fim do combate é tenebroso e doí. Lembro de assistir cenas de delírio coletivo com pessoas celebrando o fim da 3º guerra mundial, alegria do renascimento da esperança de vida do equilíbrio pós caos. Aprendemos muito com tudo isso. A situação de experiência traumática surge com a pressão sobre o homem, daí um trágico orgasmo reprimido dá lugar ao carnaval de experiencias, ações espontâneas entre as pessoas envolvidas no conflito. Neste momento de euforia onde o homem explode na esperança de liberdade plena e absoluta pessoas agem de tal forma que alguns aspectos de ética e moral vão por terra, aparecem outros conceitos sobre a vida e comportamento, surge a necessidade de lavar a sujeira que provocou a dor e o sofrimento. E final de ano é assim mesmo, uma especie de ritual de limpeza, comemoramos aquilo que deu ou que não deu certo na guerra cotidiana pela vida e sobrevivência, nasce nova esperança. Quanto mais duro o ano mais comemoração necessito pra compensar a peleja anual. Ainda tem outras guerras como realizar um objetivo, vencer a cura de uma doença, casar, filho, pagar conta, melhorar de situação, são inúmeros casos que vão proporcionar o êxtase de acordo com a labuta na batalha. O pós guerra é muito importante é a força da esperança coletiva no desejo de reconstruir um mundo melhor sem hipocrisias, isso pode gerar de fato um homem melhor assim como uma sociedade humana. Também acontece restruturação social e pessoal quando o mundo vive a dizimação coletiva provocada pela peste ou causas naturais como calamidades, chuva, terremoto, tsunami, etc. O que acontece no Brasil é isso, o povo vive uma guerra contra a corrupção e a impunidade, terrível, e vamos sair desse buraco com a consciência de uma vida melhorada sabendo que corromper e deixar ser corrompido gera estado de miséria no bolso, na carne e alma. Portanto é preciso que o atual político, empresário, empreiteiro, banqueiro, formador de opinião, e povo aprendamos a pilotar vidas e negócios de forma equilibrada sem assaltos e exploração caso contrário a guerra é certa e todos vamos sair perdendo, assim a injustiça prorroga seu vencimento entre nós.
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