O HOMEM E AS MUDANÇAS NO PLANETA



Hoje sabemos que tudo interfere em tudo; uma borboleta bate as asas no Japão e sentimos aqui no Brasil. O funcionamento e a criação do cosmo são inexplicáveis até o momento; a terra faz parte deste sistema que é interdependente, maravilhoso e complexo ao mesmo tempo. O homem habita, compartilha um planeta com bilhões de outros seres vivos, das mais variadas espécies, algumas delas ainda nem foram descobertas; e todos retiram a sua subsistência dos recursos existentes aqui, dependemos da terra e do seu ecossistema. Nosso organismo a fim de suprir as suas necessidades diárias de alimento, provoca uma constante transformação de matérias em energias.  O homem não depende apenas dos produtos retirados da terra para a sua sobrevivência, precisa também da energia do sol e da lua, etc. Tudo faz parte da teia cósmica que esta visceralmente interligada.  É necessário e desafiador compreender a simbiose entre os organismos vivos com o planeta, e vice-versa. Para mim a terra também é um organismo vivo. Para a sobrevivência e conforto da humanidade são deslocados e transformados grandes quantidades de material de um lugar para outro, provocamos alterações nas substancias e no meio. Agora, a transformação criada apenas pelo homem seria capaz de mudar drasticamente a vida na terra? Sim, e não. Acredito que o homem muda a configuração do planeta, mas não a ponto de gerar tragédias naturais catastróficas. O homem é apenas um dos agentes que transforma o planeta, e que não tem tanta influência assim no clima, há outros movimentos mais poderosos que produzem alterações bem maiores, como a evaporação do oceano, terremoto, vulcão, influencias dos astros, etc. Até entre cientistas e especialistas há controvérsias a respeito da capacidade do homem de interferir de forma radical no clima. Isso não quer dizer que não devemos tomar certa precaução para contribuir no equilíbrio precário da terra, como diminuir as emissões de CO2, e gases de efeito estufa, que certamente afetam a camada de ozônio da terra, o que provoca câncer de pele, danos nos olhos, etc. Na verdade tem muita coisa que não sabemos isso cria expectativas sobre o que de fato provoca as mudanças drásticas no nosso planeta, como a extinção dos dinossauros, o aquecimento global, a escassez de água, a desertificação, o impacto dos asteroides; enfim, foram muitos eventos que ocorreram nestes bilhões de anos de vida na terra, onde muitas espécies surgiram e foram extintas; houve época que civilizações inteiras desapareceram sem deixar rastro algum. Tais fenômenos deixa o homem perplexo, cria ansiedade e medo; estimula também previsões muitas vezes apocalípticas.  Tem pessoa e instituição que tiram partido de tal desconhecimento para ganhar dinheiro, vender livros; algumas religiões usam do medo das pessoas para arrebanhar adeptos e riquezas. A questão é que nem tudo realmente tem explicação cientifica, foge a razão; no entanto podemos aos poucos observar e formar uma opinião mais consistente e de bom senso.

Mudanças perigosas e irreversíveis serão causadas por um aquecimento global médio de 2ºC e estes se agravarão caso a temperatura suba acima disso. Pesquisas recentes sobre as emissões de gases de efeito estufa mostram que, embora a janela de oportunidade esteja fechando, ainda é possível evitar esse cenário. Entretanto, alguns cientistas e políticas falam de um aquecimento acima do patamar de 2ºC sem considerar o perigo que se apresenta diante de nós. Estes pensamentos se fazem longe dos olhos do público para que ninguém perceba a mudança de posição. Entretanto, não se pode permitir que uma mudança tão drástica ocorra sem a devida atenção do público e sem uma compreensão clara das implicações das mudanças climáticas. 2º C já é preocupante. Acima deste patamar, as conseqüências serão potencialmente catastróficas. WWF

IMPACTOS GLOBAIS - Na busca de respostas sobre o futuro da vida no Planeta, hipóteses de cenários alertam para grandes deslocamentos humanos, mudanças radicais no sistema de produção de alimentos, guerras em função da escassez de recursos e até áreas de alguma maneira privilegiadas. São projeções, mas uma coisa é certa: nada será como antes. Realidade: o que já está acontecendo? A comunidade científica vem advertindo sobre as conseqüências das mudanças climáticas e ao mesmo tempo muitas populações já conhecem de perto os impactos do aquecimento do planeta. O aumento da temperatura média, a alteração no padrão de precipitação, a área coberta por neve, o nível do mar e muitos outros parâmetros ambientais foram analisados detalhadamente pelos cientistas. As conclusões indicam que, dentro de um índice de confiabilidade de 95%, o clima de nosso planeta já está efetivamente sendo alterado. O aumento médio da temperatura global foi de 0,76 grau centígrado, mas em algumas regiões essa elevação foi muito maior. Outros exemplos são os impactos aos corais que, com o aumento das temperaturas dos oceanos, perdem cerca de 16% das espécies. Diante disso, os peixes também são afetados porque não têm onde se abrigar e diminuem suas populações. Existem cerca de 4 mil espécies de peixes que vivem, nos ambientes dos corais, e são o sustento de cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo. Porém, mesmo levando em conta o tom de urgência, os pesquisadores esclarecem que o objetivo não é ser alarmista ou catastrofista. Apesar das incertezas científicas, as projeções feitas pelos cientistas são muito prováveis de se tornar realidade. A ciência do clima existe justamente para contribuir para a elaboração de políticas públicas que trabalhem com esses cenários e adotem medidas de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, com o objetivo de que muitas projeções sejam minimizadas. Mudanças Climaticas

Saúde e Alterações Climáticas - As relações entre o homem e o ambiente em que se insere são determinantes para a saúde humana. No nosso ecossistema global, as alterações do ambiente podem levar à doença por vias muito diversas e por vezes concorrente. Veja-se como uma alteração climática que leve à ocorrência de cheias pode ter como consequência a contaminação de água para consumo humano por bactérias causadoras de diarreia – efeito direto – e, concomitantemente, destruir as plantações da mesma área, levando à fome das populações, com consequente – efeito indireto – diminuição das defesas em relação a doenças infecciosas. As alterações ambientais, das quais o aquecimento global é um metafenómeno, são frequentemente apontadas como causadoras potenciais de aumento e alteração dos padrões conhecidos das doenças infecciosas, quer na sua distribuição geográfica mundial quer na sua ocorrência epidêmica.  Estas são de fato uma das consequências mais evidentes das alterações climáticas, mais visíveis necessariamente em alterações bruscas e catastróficas (inundações, tufões, secas), mas não menos importantes em alterações sutis e progressivas, na sua maioria resultantes do que conhecemos como  aquecimento global. As consequências para a saúde das alterações climáticas são  assim diferentes para os vários tipos de doenças, umas mais influenciadas pelo clima do que outras, o que deve ser tido em Conta quando analisamos estes fenómenos.  Uma palavra final para a dificuldade que envolve  medir e tirar conclusões das consequências de fenómenos com um modelo tão complexo de desenvolvimento. Normalmente avaliamos as consequências mais negativas e mediáticas (degelo de glaciares, tsunamis, cheias), raramente tendo a noção de que se trata de um fenómeno já com anos de evolução, com efeitos  mais lentos mas mais duradouros em determinadas zonas do planeta (desflorestação, desertificação) mas com um terrível impacto sobre as populações (fome, subnutrição, doença) não raramente agravadas por conflitos regionais e governação inadequada.  Luís Távora Tavira

 No passado da Terra houve várias mudanças climáticas naturais. Estas foram causadas por forças geológicas, inerentes à dinâmica da Terra. Estes fatos devem ser tornados conhecidos as todos através da popularização da geologia. Apesar de o homem ser apenas mais um agente geológico dentre muitos outros, somos a espécie, que pela primeira vez na história da Terra, pode ter o poder de contribuir à uma mudança global. Porém, na falta de provas suficientes, é difícil de dizer se teremos um aquecimento global provocado pelo homem ou não. Diante de um assunto desta importância, é importante termos humildade e reconhecermos a nossa ignorância a respeito. De qualquer modo, é bastante arriscado continuarmos da mesma maneira como tem se feito até agora, ou seja, emitindo gases de efeito estufa sem preocupações. Para Merritts et al. (1998), não podemos assumir este risco. O preço das conseqüências em assumir este risco pode ser mais alto do que medidas de prevenção a serem adotadas. Jogar com o risco combina com a especulação financeira, mas muito mal com o bem-estar de todos. Pensando de maneira otimista, a ameaça do efeito estufa pode ser uma ótima oportunidade de aprendermos a atuar de maneira econômica e solidária e adaptarmos às novas condições. Provavelmente algumas espécies vão ser fatalmente extintas e outras continuarão a sua luta pela sobrevivência e evoluir, como tem ocorrido tantas vezes durante a história geológica. De qualquer forma, a história geológica vai continuar o seu rumo sem se importar com o homem que apareceu na Terra há  apenas 4 milhões de anos.  Entretanto, se houver um aquecimento global devido à ação dohomem, Taipale & Saarnisto (1991),  Merritts et al. (1997) e Skinner & Porter (2000) reconfortam-nos: quando os combustíveis fósseis tiverem sido totalmente consumidos, o efeito estufa e as suas conseqüências durarão por cerca de um milênio, ou seja, serão um fenômeno passageiro e 9 imperceptível na escala de tempo geológico. Após disto, o clima da Terra novamente esfriará, ao vir uma nova glaciação.  A nossa evolução também foi influenciada pelas mudanças climáticas. Esta ocorreu durante a alternância de períodos glaciais e interglaciais. Enquanto aguardamos por uma nova glaciação, chegou ao homem o tempo de tentar usar a sua inteligência, gerada e moldada pelos processos biológicos e geológicos (vide Leakey & Lewin 1978), e tentar atuar de modo a reduzir a possibilidade da influência antrópica e dos seus efeitos com as suas própias ações. Estas ações são as reduções no consumo de combustíveis fósseis, pesquisa de fontes energéticas alternativas, pesquisa interdisciplinar de mudanças climáticas, reciclagem e maior respeito ao meio ambiente. Isto depende de todos nós, incluindo os geólogos. Cetesb/UFSC - Toni Tapani Eerola


















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